terça-feira, 28 de maio de 2013

Necessidade de ti

Há muito que não escrevo mas hoje senti necessidade de o fazer (...)

 Sabes meramente que tu e eu seremos almas previamente destinadas, almas que por si se completam com o bem estar e conforto do próximo, almas que se carregam de saudades, de dor e ao mesmo tempo de emoção, emoção essa causada por palavras ditas e escritas em folhas de papel, prenunciadas ao ouvido em momentos mais íntimos onde a paixão e o desejo falavam mais alto.

 Mas será que tudo gira a volta dessas mesmas palavras ? Palavras complexas com o seu carácter enigmático descodificado pelo ouvinte a quem se dirige esse próprio dialecto, dialecto esse, capaz de te fazer chorar ou por vezes rir dependendo do teu estado de espírito, sim do teu, porque o meu já se torna repetitivo e desgastante até para mim própria.
 E mesmo assim, se somos almas destinadas como antes disse, porque fomos afastadas pelo vento, pela brisa que antes batia no teu cabelo e o fazia esvoaçar, o cabelo que arranjavas de cinco em cinco minutos, aquele gesto que só tu tinhas para o colocar no lugar.


 Parece que ele não foi a única coisa que o vento fez esvoaçar, pois tanto tu como eu continuamos à deriva em busca de algo que nos faça ter vontade de ficar, que nos dê vontade de esboçar um sorriso verdadeiro, que nos faça sentir adrenalina de depender de outro ser humano para ter o nosso próprio bem estar e conforto, tal e qual como éramos nós no inicio, inicio esse que nos faz pensar que tudo iria ser perfeito e diferente, ambas seriamos nós, para sempre.

 "Para sempre" maior mentira algumas vez citada por duas pessoas que se encontram contaminadas pelo vírus do "amor".

 Hoje, agora, neste momento olho-te nos olhos, mesmo que seja através de uma tela, e pergunto-me o que somos nós agora? Almas, sim. Mas almas que foram arrancadas por meros contratempos da vida, contratempos inevitáveis e não invitáveis, contratempos (...)

 Fica sabendo que ainda és a dona do meu pensamento, a dona de tudo o que é meu e me pertence.




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segunda-feira, 8 de abril de 2013


Permaneci no silêncio vazio, vazio mas ao mesmo tempo cheio, cheio de lamentações.

 Neste silêncio fui apenas surpreendida pelos barulhos mínimos do cotidiano e por mais difícil que pareça todos eles me fazem lembrar de ti..
 Poderá ser coincidência, poderá ser apenas saudade.
 Existe algo, algo em que eu não quero pensar, algo em que eu simplesmente quero esquecer, não quero mergulhar de novo naquele poço de memorias, memorias ricas em sentimentos profundos que só tu me tornaste portadora deles. Só tu..

 Para mim é o fim de uma grande batalha, batalha essa que saiu sem nenhum vencedor.
Só queria que me soltasses, mas que me soltasses de vez, e que contigo levasses tudo, mas leva tudo o que foi teu, porque eu ainda quero continuar em mim, quero ter aquela vontade de fazer rir os que estão a minha volta. Sabes? Acho que nem tu conheces essa minha vontade, porque ela existia antes de tu te tornares no meu mundo, na minha grande prioridade.
Solta-te! Solta-te se mim e deixa-me ir, deixa-me ir mesmo que essa não seja a minha vontade, e se um dia nós nos voltarmos a cruzar, eu irei fazer de tudo para passar bem perto, agarrar na tua mão e dar-te um beijo não na cara, mas na testa, porque para mim irás ser sempre a minha pequenina.
E sabes ao acordar se não estiver o meu nome no teu telemóvel, lembra-te que mesmo assim o teu nome está na minha mente.Irás ser sempre minha tal e qual como eu serei tua.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pensei

Pensei que poderia percorrer a tua pele sempre que quisesse, pensei que poderia ter a tua cabeça sobre o meu peito e acariciar os teus fios de cabelo negros e lisos, a verdade é que me enganei.
Tu decidiste tomar o teu rumo e levar também o meu contigo, e por mais que o meu pensamento seja querer ser feliz, com as pessoas que me fazem bem, querer esquecer o passado que já não volta mais, querer ficar longe de tudo o que tenha o teu cheiro, o teu toque ou até mesmo o teu nome, não sou capaz.
Tu estás tatuada em mim, estás algemada, amarrada(...) Pregada!
A questão a que me coloco todos os dias é "Como?" , "Como é que me conseguiste apagar assim da tua vida?" Se aquilo que ambas sentíamos dizíamos ser amor verdadeiro só sei que não quero provar o sabor do amor falso isento de paixão.
Será que foi apenas isso? Paixão, a palavra que existe mesmo sem ser necessariamente compensada pelo sentimento que é o amor.
Ela agita o peito, dá voltas a nossa barriga e também à nossa cabeça, suponho.
Poderás tu ter confundido tudo isso? E os nossos 424 dias terem sido baseados nisso apenas.
Dói quando alguém tão pequenino nos consegue fazer sentir algo tão gigantesco.
Sei que hoje uma janela de autocarro molhada pela chuva não é apenas "uma janela de autocarro molhada pela chuva", é um objecto transparente reluzente carregado de pensamentos ditos no silêncio de um só olhar, e as estrelas (...) As estrelas não serão apenas estrelas, serão a única coisa que nos irá unir daqui algum tempo definido pelos ponteiros do relógio.
E sabes? Esse objecto simbólico que ainda está colocado num dos teus dedos da mão direita, guarda-o, mas guarda-o bem, não o percas como eu te perdi a ti e a mim.
Eu vou tentar ser feliz, e se um dia quiseres ser feliz comigo eu ainda aqui estarei (...)


sábado, 16 de março de 2013

Medo


Tentei libertar-me mas não consegui, e sabes o que eu acho? Acho que tenho medo de te ter (...) Mas ao mesmo tempo tenho medo de não te ter...

De todas as vezes em que te perco o meu único objectivo é reconquistar-te de novo, mas será que irá ser sempre dessa forma? Essa forma que acaba por consumir a maior parte das minhas forças.

Eu apenas queria que tudo se tornasse mais fácil, mais simples, mas o que eu queria mesmo era poder ver-te todos os dias, poder sentir o teu corpo perto do meu, os teus lábios, ouvir a tua respiração, acordar por não ter um sono pesado pois acordei por ter sentido a leve brisa dos lençóis a cada movimento teu, abrir os meus olhos e ter a certeza que tu serás a primeira (...) 

A primeira a dizer-me "bom dia", a primeira a quem vou dar um beijo, a primeira a conseguir arrancar-me um sorriso verdadeiro e isento de vergonhas e preocupações, porque sei que contigo tudo, mas mesmo tudo, iria ser mais simples.

Mas hoje, como nada desses pequenos desejos pode ser realizado concentro-me também naquilo que me faz feliz para além de ti.
E sim, ainda estou à tua espera, à espera que me concedas tudo o que pedi, aliás (...) À espera que me concedas tudo o que nós pedimos.
Mas se não puder ser já, eu estarei à tua espera, mesmo que seja no futuro mais longínquo.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Memorias

Foi um ano (...) Um ano das nossas vidas, aliás um ano da Nossa vida, não vou dizer que não dói saber o motivo por que escrevo hoje, não vou dizer que não dói olhar para todas aquelas fotografias que só me fazem lembrar de ti, do teu rosto, dos teus olhos castanhos, da textura da tua pele suave e macia (...)Lembraste quando eu pedia para me deixares e tu dizias "Nunca"? Lembraste de quando me agarravas com força , de quando encostavas o teu corpo ao meu só para me sentires mais perto? Dos planos que fizemos, das palavras que citamos em puros momentos de adrenalina, das nossas trocas de olhares e sorrisos inesperados, de quando cantavas para mim e me fazias olhar-te nos olhos, dos passeios de mãos dadas, lembraste da forma como me protegias quando andava na estrada porque não queria ir pelo passeio? Será que ainda te lembras do quanto era bom para mim acordar com o teu "Bom dia princesa!" Será que ainda te lembras do dia em que me limpaste as lágrimas, do dia em que dormiste a meu lado, bem junta a mim, e dos primeiros instantes dessa manhã recordas-te ? Sei que não tinha frio, mas tu estavas toda tapadinha como costumas estar sempre, despertamos praticamente ao mesmo tempo, estávamos frente a frente e os nossos olhos falavam mais que nós próprias, consegui ver a tua felicidade e a minha reflectida em teus olhos brilhantes, eu dava tudo para que aquele momento permanecesse assim, parava o tempo para te puder olhar de novo daquela forma, só sei que a dada altura senti a tua mão acariciar levemente o meu rosto, acordei com um único pensamento "quem me dera que fosse assim todos os dias da Nossa vida"
Memorias, são memorias e elas sei que nunca morreram nem ninguém as irá ser capaz de apagar seja de onde for. 
Vou terminar antes que as coisas fiquem mais confusas para ti, guarda as promessas que tu disseste que cumpririas.
Amo-te
 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Simples


Tenho saudades deste tempo, saudades de quando tudo era arte pura à minha volta, quando não pensava em metade do que penso hoje, quando o simples era apenas isso (...) Simples. Quando a minha única terapia era agarrar numa folha de papel e num lápis afiado, nada me acalmava mais que isso, era apenas eu e as ideias confusas na minha cabeça a transparecerem-se para o papel, a tomarem forma, cor e até alguma dimensão. Aquilo era eu, e hoje só sei que nada sou.

A partir de hoje vou-me entregar de corpo e alma a tudo o que gosto de fazer, já que não me posso entregar a ti (...) E irei fazer de tudo para um dia dizeres ou apenas pensares "tenho orgulho em ti". Mesmo que as minhas forças sejam poucas ou quase nulas é algo que tenho como meu primeiro objectivo. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um dia no castelo

No dia 27 do mês passado (Dezembro) fui dar uma vistinha de olhos ao castelo de São Jorge, sem dúvida é um sitio maravilhoso com uma vista privilegiada sobre Lisboa. Quanto ao próprio Castelo é óptimo para captar fotografias, passear ou apenas para apreciar aquela vista sobre o Tejo.