segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pensei

Pensei que poderia percorrer a tua pele sempre que quisesse, pensei que poderia ter a tua cabeça sobre o meu peito e acariciar os teus fios de cabelo negros e lisos, a verdade é que me enganei.
Tu decidiste tomar o teu rumo e levar também o meu contigo, e por mais que o meu pensamento seja querer ser feliz, com as pessoas que me fazem bem, querer esquecer o passado que já não volta mais, querer ficar longe de tudo o que tenha o teu cheiro, o teu toque ou até mesmo o teu nome, não sou capaz.
Tu estás tatuada em mim, estás algemada, amarrada(...) Pregada!
A questão a que me coloco todos os dias é "Como?" , "Como é que me conseguiste apagar assim da tua vida?" Se aquilo que ambas sentíamos dizíamos ser amor verdadeiro só sei que não quero provar o sabor do amor falso isento de paixão.
Será que foi apenas isso? Paixão, a palavra que existe mesmo sem ser necessariamente compensada pelo sentimento que é o amor.
Ela agita o peito, dá voltas a nossa barriga e também à nossa cabeça, suponho.
Poderás tu ter confundido tudo isso? E os nossos 424 dias terem sido baseados nisso apenas.
Dói quando alguém tão pequenino nos consegue fazer sentir algo tão gigantesco.
Sei que hoje uma janela de autocarro molhada pela chuva não é apenas "uma janela de autocarro molhada pela chuva", é um objecto transparente reluzente carregado de pensamentos ditos no silêncio de um só olhar, e as estrelas (...) As estrelas não serão apenas estrelas, serão a única coisa que nos irá unir daqui algum tempo definido pelos ponteiros do relógio.
E sabes? Esse objecto simbólico que ainda está colocado num dos teus dedos da mão direita, guarda-o, mas guarda-o bem, não o percas como eu te perdi a ti e a mim.
Eu vou tentar ser feliz, e se um dia quiseres ser feliz comigo eu ainda aqui estarei (...)


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